Partidas nunca acabam
No contexto me parece que o ser humano não gosta de partidas. Passa a vida se preparando para sair, mas nunca está pronto. Claro, que quando ficamos velhos, o medo aperta e tentamos nos preparar para a partida definitiva. Mas quem fica, nunca se acostuma. Passam-se dias, meses e anos e não conseguimos nos acostumar. Quanto maior o vínculo, pior é a partida. Deixo claro que no meu sentimento é, a dificuldade maior é de quem fica. Acredito que quem vai, se adapta (seja lá ao que for). A lembrança queima, a saudade umidifica a vista, o coração aperta. Sorte que em momentos de desespero tudo se acalenta, se apazigua com uma canção, um sorriso de um filho, um filme. Apazigua, acalenta mas não apaga. As lembranças do vivido, da história, do amor. Isso não se apaga.
Os vínculos são formados em de duas maneiras pelo que entendo, pelo tempo de convivência e pela intensidade. Passei por ambos e ainda não me adaptei. Definitivamente partidas e humanos me incomodam. Me incomodam como funcionamos, como temos que nos adaptar ao meio e à tudo que acontece. Tem sido uma vida um tanto complexa. Boa, talvez a melhor das encarnações (se isso realmente existir) mas ainda assim com a complexidade da molécula do açúcar e sua formação de grãos...Mas sempre seguimos, adiante, sem muita certeza de pra onde, o se estamos fazendo o certo, e alguns não avaliam nada disso, apenas seguem, apenas vivem, sem medir consequências. Não podemos julgar isso, qual a conduta correta de viver pois não sabemos o qual é essa conduta. Apenas acreditamos. E em acreditar, eu sou bom...