JACK- Luciano Gonçalves, engenheiro químico, amante de basquetebol, vocalista da banda O FIO, Projeto Alcatéia, escritor, pai da Lana...aqui narra sua vida enlouquecida ou não. "Nenhuma Guerra pode ser santa"- Renato manfredini Jr.

Monday, December 10, 2007

O cérebro- por Airton Luiz Mendonça

Recebi do Marcelo. Baita texto.


O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo... Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque). Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente. Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. !!! Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

A Memória não está no Cérebro

Celito Medeiros



Eu fico impressionado como permanece este ‘dado falso’ de que a memória dos seres humanos esteja no corpo, ou seja, no cérebro.

Se assim fosse, todo ser humano que perdesse o corpo perderia toda a sua memória.

Mas, quem sou eu para contestar todos os cientistas do mundo em todos estes tempos?

Evidente que, se houvesse inquisição nos dias de hoje. eu e minha memória estaríamos fritos!

De fato, em 1999 eu já escrevia a poesia: Não tenho Alma.

E não tenho. O que eu tenho é um corpo. EU SOU A ALMA.

Alma e pensamento se confundem na própria etimologia da palavra psique ou thetan, cuja definição é espírito ou pensamento. E também existem os que, sem definição apropriada, procuram diferenciar alma de espírito.

Não trato aqui de questões religiosas ou espíritas. Não pertenço a nenhum destes quadros.

No entanto, escrevi sobre minhas vidas passadas em um capítulo de meu livro ‘Melhoramentos de Vida’. E vidas passadas não é um assunto de se acreditar ou não, mas de poder comprovar ou não. Fiz isto não apenas em terapia de vidas passadas pelo método ‘reverie’, qual seja, reviver e não apenas relembrar.

Por certo, também não sou o único a ter certeza das vidas passadas, além dos que possuem dados para acreditar sem mesmo ter comprovado pessoalmente.

E eu o fiz também ‘in loco’, em diversas pesquisas nos lugares onde eu vivi no passado. Sim, nem em todas pude ter dados concretos, mas me bastaria em uma só, como tive. E, aos descrentes, dizer que tive uma condição interessante: ter tido um corpo duas vezes com o mesmo pai e a mesma mãe desta vida; ou seja, o corpo anterior a este e este próprio corpo que agora tenho. A vida anterior a esta, da qual eu mais poderia obter dados, foi de fato a mais difícil de ser localizada; mas quando isto aconteceu... Acabaram-se todas as dúvidas.

O assunto aqui é que a Memória não está no Cérebro. Portanto, o cérebro é apenas mais um órgão do corpo, o responsável pelo funcionamento dos demais. Se algo ali for danificado, outra parte do corpo também o será. É isto e nada mais.

Costumo dar o exemplo para as pessoas: Levante sua mão!

Quem levantou sua mão? A maioria responde: — Ora, fui eu.

Isto mesmo! Não foi o cérebro, pois este "fui eu" significa a própria identidade, o espírito!

Ah, sim... Um médico me respondeu: — Foi meu cérebro!

Ao que eu emendei perguntando: — Quem deu ordem ao seu cérebro?

E ele respondeu: — Fui eu!

O que dá no mesmo; não?

Por isto e por outros motivos, as lobotomias do passado, choques elétricos, complexos de drogas e qualquer medicamento usado para doenças psicossomáticas resultaram em FRACASSO. Nada curaram. Fabricaram, isto sim, a indústria da morte!

Esses tratamentos e medicamentos são parara o corpo, que é matéria, e não para o espírito ou memória, que não são matéria! Como tratar um espírito com medicamentos? Céus!...

Ah! tem os que me pedem provas de que a memória está no espírito e não no cérebro, ao que eu respondo: Dê-me provas de que está no cérebro, pois eu dou evidências... Por enquanto apenas evidências!



www.celitomedeiros.com


Abraços
Clarice

8:35 AM

 

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