JACK- Luciano Gonçalves, engenheiro químico, amante de basquetebol, vocalista da banda O FIO, Projeto Alcatéia, escritor, pai da Lana...aqui narra sua vida enlouquecida ou não. "Nenhuma Guerra pode ser santa"- Renato manfredini Jr.

Saturday, March 26, 2005

Quase páscoa...ou será?

Sobre a acidez lisérgicaou litúrgica do álcool acompanhada de uma fé abalada e catastrófica, a essa altura da manhã posso falar sobre a humanidade. É um risco, eu sei, mas pretendo corrê-lo de forma insana, da mesma forma de que corri durante esses poucos mas talvez longos anos em que vivi.
Tudo é fulgás, não sei se disse isso ontem ou amanhã, já não sei quando, mas creio nisso e sempre acreditei. O momento tem sido importante, mais que o futuro, mais que o norte, mais que a vida. Durante o amargo âmago de certas questões, principalmente envolvido pela embriaguês do amor e da fé nestas, me senti perdido em relação a nossa humanidade. Feito que nunca talvez, tenha reconhecido, devido a própria fragilidade nunca assumida. Estamos sós. É isso que vejo e sinto.
Não é um vazio. O que é pior. É um medo e quase uma certeza. Não que não exista. Mas apenas uma liberdade que não entendemos. Que não vemos. Mas está ali. Inerte e amarga. Que nunca vemos. Que nos assusta devido ao tamanho e complexidade, talvez palpável e não aceitável devido a forma. Talvez por ter estado ali e nunca aceitarmos. Um arbítrio que nos deixa a sós com o movimento oscilatório dos dias, do destino e da vida. Que não compreendemos, que não dominamos, que nos abala e nos transmite um mundo difuso e etéreo, mas no fundo no fundo real. E que apesar de não aceitarmos muito bem, sua realidade plástica, longe de ícones e de fatos de conforto, convivemos com ela, essa realidade não tão fantástica e glamurosa como uma novela ou um seriado americano de tv, apenas seca e crua, e sem saudações divinas, apenas os momentos que acreditamos abençoados pelo infinito ou por Deus, sobrevivendo a tudo. Ainda com certeza que o futuro melhora e que o divino precede tudo.
Nós somos, apesar de todos nossos defeitos congênitos, a melhor e a pior chance do planeta. Temos nossos defeitos enormes, nossos egoísmos e incertezas, nossos prazeres mundanos que são supremos em tudo apesar de muitas vezes negarmos verbalmente isso, mas o que cremos sempre é real.
E isso é o que nos basta. Sempre foi assim e sempre será...

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